Mesmo com aparições cada vez mais raras nas passarelas, Gisele Bündchen continua batendo recordes de faturamento no circuito da moda. A top ganhou mais uma vez o título de mais bem paga do mundo, segundo a famosa lista da "Forbes".
A modelo embolsou US$ 45 milhões em 2010 (cerca de R$ 73 mi), desbancando as veteranas Heidi Klum (US$ 20 mi, ou R$ 35,5 mi) e Kate Moss (US$ 13,5 mi, ou R$ 22 mi), que ocupam o segundo e o terceiro lugares da lista.
A maior parte do dinheiro veio de campanhas e dos chamados "desfiles casados" --quando a modelo desfila para a marca como chave de uma ação de marketing.
Bob Wolfenson/Divulgação | ||
Gisele Bündchen posa para a campanha da grife de lingerie Hope, pela qual lançou marca própria |
No ano passado, quando completou 15 anos de carreira, Bündchen estrelou 13 campanhas de nove marcas e ganhou a capa de 24 revistas de moda no mundo.
Considerada o maior ícone da moda pelo Models.com, referência mundial da indústria das modelos, Gisele virou uma empresa. E ganha mais quem puder se associar a ela.
MADE IN BRAZIL
Graças à boa fase da economia, as marcas brasileiras estão cada vez mais presentes entre os parceiros da top.
A Hope, marca de lingerie que tem contrato com Gisele até 2012, viu seu faturamento aumentar 58% desde que ela uniu sua imagem à da grife.
Ela estreitou ainda mais os laços com a Hope. Ontem, lançou uma marca própria de lingerie, a Gisele Bündchen Brazilian Intimates, em parceria com a grife.
"Gisele é garantia de lucros. Mas tê-la é difícil, é preciso desembolsar muito dinheiro", diz Giovanni Bianco, dono da Studio GB65, responsável pelo visual dos últimos discos de Madonna e por campanhas de grifes como Missoni e Miu Miu.
Nos últimos seis anos, Bianco trabalhou com Gisele nas campanhas da grife Colcci, antes de a top assinar um contrato estimado em R$ 3 milhões com a C&A. "Ela é a única do mundo que pode vender qualquer coisa sem perder o status", diz.
A fama de boa moça fez dela o rosto perfeito para anunciar qualquer produto, de roupa a pacote de TV paga.
"No fim dos anos 90, Gisele se diferenciou com uma imagem saudável que revolucionou a indústria. Ela mudou conceitos", diz Maria Prata, editora-chefe do canal Glitz*, focado em moda.
Segundo o gerente de imagem da Ford Brasil, Márcio Garcês, Gisele conseguiu diminuir o número de trabalhos e aumentar os ganhos.
"Ela tem o poder de escolher contratos estratégicos, ganhando penetração em vários segmentos e com os maiores cachês."
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