segunda-feira, 27 de junho de 2011

Egípcio causa polêmica no Twitter com imagem de Mickey "islâmico

O magnata das telecomunicações egípcio Naguib Sawiris enfrenta uma enxurrada de protestos na internet e na Justiça após postar em sua conta no Twitter uma imagem do Mickey e da Minnie vestindo roupas tradicionais islâmicas.

Vários advogados apresentaram queixas contra o empresário por "insulto ao islã", segundo uma fonte judicial, enquanto foram feitos apelos nas redes sociais Facebook e Twitter para que as pessoas boicotem a companhia de telefonia móvel, Mobinil, que pertence ao empresário.

Sawiris é um cristão copta que já manifesta ambições políticas depois da queda do ditador Hosni Mubarak. Ele postou em sua conta no Twitter uma imagem do Mickey vestido com uma roupa islâmica e ostentando uma longa barba, ao lado de Minnie, que veste um niqab (véu islâmico que cobre todo o corpo).

O magnata voltou atrás depois no Twitter: "Peço desculpas a todas as pessoas que não consideraram isso uma brincadeira. Achei apenas que fosse uma imagem engraçada, sem ser desrespeitoso! Assef (lamento)!!".

LIBERDADE

No site do microblog Twitter, alguns consideram que a história "fugiu do controle", mas outros não aceitaram as desculpas de Sawiris.

"Há uma diferença entre expressar sua opinião/liberdade de expressão e faltar com o respeito", escreveu uma internauta.

Alguns consideram que o momento para a divulgação das imagens foi inapropriado, já que o Egito enfrenta uma retomada das tensões entre muçulmanos e a minoria cristã.

A imagem dos dois personagens de Walt Disney vestidos como islâmicos começou a circular há algumas semanas em uma mensagem de e-mail que se espalhou como um rastro de pólvora, com a menção "este é o futuro do Egito". A imagem reflete os temores frente ao avanço crescente de grupos islamitas, depois da revolta popular que derrubou Mubarak no início do ano.

Classes A, B e C ganham 13,1 milhões de brasileiros desde 2009, diz FGV

Na elite dos emergentes, apenas o Brasil registra crescimento econômico acompanhado de redução das desigualdades sociais. A constatação faz parte de um estudo elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e apresentado nesta segunda-feira durante o 1º Fórum BID para o Desenvolvimento da Base da Pirâmide na América Latina e Caribe, em São Paulo.

"Em uma década, a renda real per capta dos mais ricos no Brasil cresceu 10%, enquanto a dos mais pobres aumentou 68%", destacou o economista Marcelo Neri, responsável pelo levantamento.

O estudo mostra que a taxa de crescimento da renda dos 20% mais ricos no Brasil é inferior à registrada nos demais países dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), ao mesmo tempo em a taxa de crescimento da renda dos 20% mais pobres só é menor que a contabilizada pela China.

Desde 2003, o país ganhou quase 50 milhões de consumidores, o equivalente a uma Espanha. Somente nos 21 meses, encerrados em maio, 13,1 milhões de brasileiros foram incorporados às classes A, B e C.

"Isso é reflexo do crescimento econômico com a redução da desigualdade social durante muitos anos. O que está por trás disso é o aumento da educação e do trabalho formal, a redução da natalidade e o ciclo eleitoral", explicou Neri. "Todo ano de eleição a renda média do brasileiro sobe muito", complementou.

Simultaneamente, a base da pirâmide social vem diminuindo. Apenas no último ano, a redução foi de quase 12%. "O grande passaporte para a saída da pobreza é a educação", frisou o economista da FGV, lembrando que programas como Bolsa Família também contribuem neste sentido.

O levantamento mostra que a probabilidade de se migrar da classe E para níveis mais altos da pirâmide social é de 27% para quem tem até um ano de estudo, enquanto que para aqueles que permanecem na escola por 12 anos ou mais, esse percentual chega a 53%.

ELITE

O estudo da FGV ainda destaca que a cidade mais rica do Brasil é Niterói, no Rio de Janeiro, onde 30,7% da população faz parte da classe A. Na sequência, vêm Florianópolis (27,7%), Vitória (26,9%), São Caetano (26,5%), Porto Alegre (25,3%), Brasília (24,3%) e Santos (24,1%).

"A região Sul é a que apresenta a menor desigualdade social no Brasil", afirmou Neri.

domingo, 26 de junho de 2011

Seis montanhistas encontrados mortos nos Alpes franceses

Ninguém tinha dado conta às autoridades do seu desaparecimento e as vítimas não eram procuradas

Os corpos de seis montanhistas foram encontrados, este domingo, por um alpinista britânico, nos Alpes franceses. O achado ocorreu a 2 700 metros de altitude, junto do pico Neige Cordier, no maciço de Les Ecrins.

As vítimas, presas por cordas, faziam escalada em dois grupos. Terão sido vítimas dum deslizamento de neve e pedras, no sábado. Ainda não foram reveladas as suas nacionalidades.

Ninguém tinha dado conta às autoridades do seu desaparecimento e as vítimas não eram procuradas. A polícia francesa abriu já uma investigação ao acidente.

Comandante geral da PM promete estudo para rever estratégia das UPPs

Rio -O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, informou neste domingo que a corporação realizará um estudo com o objetivo de rever algumas das estratégias utilizadas nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A motivação veio após um ataque de bandidos no Morro da Coroa, no Catumbi, em que um soldado teve a perna amputada.

"Sempre que acontece alguma ocorrência fazemos um estudo de causa para aprimorar o trabalho. Vamos adotar providências após o encerramento desta análise", disse o coronel Mário Sérgio.

O policiamento foi reforçado no Morro da Coroa na tarde deste domingo. A comunidade está sendo patrulhada por PMs do 1º Batalhão (Estácio), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e de outras Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).

O soldado, identificado como Alexander de Oliveira, foi atingido pelo artefato em uma emboscada de bandidos do Morro da Fallet a militares da UPP da Coroa - os criminosos atiraram a granada em um grupo de três PMs que faziam patrulhamento no local. Ele ainda teve fratura exposta na perna direita e no braço esquerdo.

Um PM foi atendido e liberado no sábado, outro na manhã deste domingo - foi atingido por estilhaços no pescoço - e uma policial teria perdido parte da audição. Na tarde deste domingo, o comandante das UPPs, coronel Róbson Rodrigues, fez uma revista no local, mas os bandidos não foram localizados.

Beltrame e Mário Sérgio visitam feridos no hospital

O secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, e o coronel Mário Sérgio, estiveram no Hospital Central da Polícia Militar para visitar e prestar solidariedade aos policiais feridos no ataque.

O secretário lamentou a reação dos bandidos à ação policial. "O processo de pacificação é lento. Depois de tantos anos de abandono dessas comunidades, já é esperado que esse tipo de coisa aconteça, infelizmente", disse, ao deixar o hospital

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Polícia Federal investiga ataques de hackers as sites do governo

A Polícia Federal anunciou nesta sexta-feira que está investigando os ataques a sites de ministérios e órgãos do governo, ocorridos nesta semana.

A PF, no entanto, não deu detalhes sobre suspeitos, prazos ou se adotará alguma estratégia específica para descobrir os autores do maior ataque virtual a portais do governo já registrado no país.

Nesta sexta-feira, o alvo dos hackers foram os sites do Ministério da Cultura e do IBGE, que chegaram a ficar fora do ar. Após uma varredura no sistema, o instituto de estatística afirmou que nenhuma informação foi acessada em sua base de dados.

O Serpro, que é o servidor do site da Presidência, também disse que nenhuma tentativa de ataque foi registrada nesta sexta-feira. No dia anterior, o portal também foi derrubado.

Já o Ministério do Esporte, também atacado na quinta-feira, desmentiu que o arquivo com logins e senhas divulgado pelo grupo de hackers LulzSecBrazil tenha origem em seu portal. O órgão reconheceu uma "invasão periférica" à sua base de dados, mas disse que nenhuma informação foi vazada.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sem confrontos, termina a ocupação no morro da Mangueira Operação deslocou 750 homens das polícias Militar, Civil e Federal, além de integrantes do E

Forças policiais durante a ocupação do Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro - 19/06/2011

Neste domingo, o morro da Mangueira, zona norte do Rio de Janeiro, amanheceu repleto de policiais militares e civis, agentes federais e integrantes do Bope e do Corpo de Fuzileiros Navais ─ todos coordenados pela Secretaria de Segurança Pública do estado. Quartorze blindados, cinco helicópteros e 750 homens começaram a cercar a favela às 6 horas da manhã. A ocupação foi concluída cinco horas depois, às 11 horas , e serviu para dar início à instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro. Não houve resistência.

Às 11h39, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, parabenizou os policiais pelo sucesso da operação. "Conseguimos isso sem disparar um único tiro, sem ferir ninguém. Esta é, indiscutivelmente, uma grande vitória", disse, em entrevista coletiva.

Depois de hasteadas as bandeiras do Brasil e do estado do Rio de Janeiro no ponto mais alto do morro, o que decretou o término da operação, dois helicópetros do Bope sobrevoaram o morro lançando panfletos com a imagem de foragidos e o telefone do Disk Denúncia. A instalação da UPP deve ser finalizada entre 30 e 60 dias. Só depois disso, os agentes do Bope deixarão o morro

Pela manhã, as equipes da Polícia Militar eram vistas utilizando rádios transmissores com GPS. O equipamento, que permite visualizar o deslocamento dos soldados dentro da favela, evitou saques e abusos como os registrados no Complexo do Alemão, em novembro de 2010. Defensores públicos acompanharam toda a operação em carros equipados com computadores para fazer o rastreamento de detidos e identificar mandatos de prisão.

Com a implantação da UPP no morro da Mangueira ─ onde vivem cerca de 20 mil pessoas ─ o governo finalizou a pacificação de todo o Maciço da Tijuca, que inclui as favelas de Turano, Salgueiro, Formiga, Andaraí, Borel, Macacos e São João. A mobilização integra o projeto de segurança para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíadas de 2016. A região da Grande Tijuca abriga duas das principais instalações esportivas para os eventos: o Maracanã e o Maracanãzinho.

Dois dias antes da ocupação, na sexta-feira, um helicóptero sobrevoou o local com uma câmera de aproximação para detectar pontos estratégicos e facilitar a entrada dos policiais. Em um dos acessos ao morro, houve tiroteio. Os traficantes jogaram uma bomba na direção dos policiais. Em 19 de maio, policiais militares do Bope e de outros quatro batalhões realizaram uma operação na Mangueira e descobriram um túnel feito para abrigar traficantes, com 200 metros de comprimento, revestimento e iluminação.